SEMPER
Haber ni origine ni fin le abysso total,
un absurdo que nos da le desiro de affollar se.
Comenciar, sed ab que cosa e como? Ab le nihil?
Le nihil non existeva, non existe, non existera jammais.
Finir, ma post le fin? Que es le post?
Toto que existe, semper ha existite in omne maniera.
Semper! Que es le semper? Le negation de Deo?
Un absolute continuation de jammais?
Como pote io imaginar un existentia eterne,
un viage que non ha partite ab qualque placia
e que non arrivara a qualque destino?
Io odia limites, sed io los desira pro que io pote superar los.
Comenciar e finir, le plus grande del males,
esser condemnate al morte quando on nasce.
Finir? Esserea melio non haber comenciate.
Comenciar, si, sed non pro finir.
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Não ter nem origem nem fim, o abismo total,
o absurdo que nos dá o desejo de enlouquecer.
Começar, mas a partir de quê e como? Do nada?
O nada nunca existiu, não existe e jamais existirá.
Acabar, mas, e depois do fim? O que é o depois?
Tudo o que existe, sempre existiu de uma ou de outra forma.
Sempre! O que é o sempre? A negação de Deus?
Uma continuação absoluta de nunca?
Como poderei imaginar uma existência eterna,
uma viagem que não começou em nenhum lugar
e que não chegará a nenhum destino?
Odeio limites; no entanto, quero que eles existam para os poder superar.
Começar e acabar, o maior dos males:
ser-se condenado à morte quando se nasce.
Acabar? Seria melhor não ter começado.
Começar, sim, mas não para acabar.
[Jonas Negalha, in Le Naufragio, 1975, p. 8]
10 Mar 2010
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